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terça-feira, 20 de janeiro de 2009

João Tomás:"Gostava de terminar na Académica"

João Tomás foi o convidado da entrevista semanal Maisfutebol/Rádio Clube Português. O atacante fez uma retrospectiva sobre a carreira e considerou ter vivido em Braga a sua melhor fase profissional. O internacional português recorda ainda as passagens por Sevilha e pelo Médio Oriente, sem esquecer a dispensa do Oliveira do Bairro, quando tinha 18 anos.

A partir do momento em que esteve no Bétis, a sua carreira perdeu algum fulgor. Concorda com esta análise?
Se olharmos para os números, talvez isso seja verdade. Mas fiz uma primeira grande época no Bétis. Fui o melhor marcador da equipa, mesmo tendo fracturado o pé esquerdo. Na segunda época em Sevilha fui operado duas vezes e as coisas não me correram bem. Passei as férias desse Verão a reabilitar-me.

Foi esse o seu pior ano como futebolista?
O ano que passei em Guimarães também me custou bastante. Não consegui estar ao meu melhor nível. Não fui só eu que fiz uma época má. Fomos todos e o clube só não desceu por milagre. Depois, em Braga, voltei ao meu rendimento normal.

Que retrato geral traça da sua carreira?
Guardo boas recordações de Sevilha. Foi a minha melhor fase em termos pessoais. Em termos profissionais foi em Braga, não desfazendo o que consegui na Académica e no Benfica. Em Coimbra andei sempre entre a primeira e a segunda divisões, na Luz tive uma grande época em termos pessoais, mas terrível colectivamente. Em Braga equilibrei esses dois parâmetros. Fui o melhor marcador português a actuar em Portugal, mas não consegui chegar à Selecção Nacional.

E depois em 2006 surge a possibilidade de actuar no Médio Oriente...
A oferta que o clube árabe fez ao Sp. Braga foi muito boa. Estava nas minhas mãos decidir se ia ou não. As pessoas de Braga não queriam que eu saísse, mas pareceu-me a melhor opção na altura. Se fosse hoje, voltaria a decidir da mesma forma. Adorei estar no Qatar e a minha família também. São experiências que nos dão visões de vida diferentes. Em três anos fiz quase 50 golos, só em jogos para o campeonato. E tudo isso culminou com o regresso à selecção, em Maio de 2007.

Mas essa boa fase não teve continuidade no regresso a Braga...
Foi pena. Lesionei-me três dias depois de voltar da Arménia com a selecção e só apareci no final da época, com um golo que garantiu os pontos necessários para o Sp. Braga chegar à Taça Intertoto. Saí do Oliveira do Bairro aos 18 anos, dispensado. Por isso, ter passado pela selecção, pelo Benfica, pelo Bétis... foi uma vitória.

Qual foi o clube que mais o marcou?
A Académica de Coimbra. Cheguei lá muito jovem e passei quatro maravilhosos. Foi-me buscar à terceira divisão e projectou-me. É um clube que me diz muito, até porque fui estudante na Universidade de Coimbra.

Por essa paixão, gostaria de terminar a carreira em Coimbra?
Não sei se será possível, mas gostaria. É um desejo simples. Era bonito acabar lá. Faz-me lembrar a vida do meu avô, que foi obrigado a emigrar, esteve muitos anos fora e mais tarde voltou a casa.


Para voltares a vestir a camisola preta tens que,no mínimo,pedir desculpa aos sócios da Académica por tudo aquilo que nos fizeste.

Depois disso,veremos....

 
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